Extensão do Subsídio de Eletricidade até Junho
Na sequência de uma reunião extraordinária, o governo anunciou que o subsídio de eletricidade será prolongado até ao final de junho, inserindo-se num conjunto de medidas governamentais para mitigar a crise do custo de vida. Estima-se que esta extensão venha a beneficiar mais de 400.000 famílias e 100.000 empresas.
O subsídio à eletricidade, que inicialmente havia sido prorrogado em fevereiro para vigorar até 30 de abril, terá um custo adicional de €8 milhões para o governo. Contudo, o benefício para o consumidor é agora menos significativo do que quando a medida foi introduzida em outubro. Inicialmente, o subsídio representava cerca de €70 por fatura bimestral para o consumidor médio, mas com a redução dos preços do petróleo, o valor do subsídio diminuiu para cerca de €14.
Entre outras medidas, destaca-se a prorrogação da taxa de IVA zero sobre itens essenciais do quotidiano, como pão, leite, ovos, fraldas, alimentos para bebés, legumes, peixe e carne, até ao final de junho. O Ministro das Finanças, Makis Keravnos, elogiou anteriormente esta medida, destacando os “benefícios significativos para os consumidores”. A extensão da taxa de IVA zero terá um custo de €6 milhões para o Estado.
Adicionalmente, as famílias beneficiárias de apoios governamentais receberão três pagamentos extra nos meses de abril, maio e junho, como compensação pela abolição do subsídio ao combustível. O governo também aumentará em €100 mensais a ajuda aos 4.200 beneficiários da prestação de mobilidade e aos 28.000 pensionistas de baixo rendimento.
O Presidente Nikos Christodoulides, antes do anúncio das medidas, afirmou que o governo tem como única prioridade “a melhoria da vida quotidiana das pessoas”, focando-se em “combater os desafios enfrentados pelos nossos compatriotas mais vulneráveis“. Referiu ainda outras iniciativas do governo para auxiliar as famílias trabalhadoras, como a introdução do subsídio de custo de vida, o aumento do salário mínimo em dezembro e o plano “fotovoltaicos para todos”.
Christodoulides também respondeu às críticas dos partidos da oposição, lembrando os eventos de 2012 e enfatizando a responsabilidade do governo perante o povo cipriota, rejeitando políticas que possam colocar o país em risco novamente.