Expectativas Elevadas para os Lucros de Empresas Relacionadas com a Tecnologia
À medida que nos aproximamos do período de divulgação dos resultados financeiros nos Estados Unidos, as expectativas estão altas para as empresas relacionadas com a tecnologia, que se antecipa liderarem novamente o crescimento dos lucros do S&P 500. Este otimismo pode ser um impulso bem-vindo para as ações após um início de abril considerado fraco.
Os receios em relação à perspectiva das taxas de juro pairam sobre a temporada de lucros do primeiro trimestre, com a previsão de cortes nas taxas de juro da Reserva Federal a ser adiada, dado que a economia se mantém robusta. Os analistas, com base em dados da LSEG, projetam que as empresas do S&P 500, no agregado, reportem um aumento de 5% nos lucros do primeiro trimestre em comparação com o ano anterior, seguindo um crescimento surpreendentemente forte de 10.1% no quarto trimestre de 2023, impulsionado pelos ganhos em tecnologia.
Os resultados de alguns grandes bancos dos EUA dão o pontapé de saída não oficial ao período de relatórios na sexta-feira. A partir daí, a temporada acelera, com resultados esperados de empresas como Netflix, Procter & Gamble, UnitedHealth e Travelers Cos já na próxima semana. Prevê-se que os lucros do setor de serviços de comunicação, que inclui nomes como Alphabet, tenham subido 26.7% em relação ao ano anterior. Já o setor tecnológico, que conta com Nvidia, Apple e Microsoft, espera-se que tenha registado um aumento de 20.9% no primeiro trimestre.
Os investidores mantêm-se otimistas em relação à inteligência artificial, com o Nasdaq a atingir um fecho recorde no final de fevereiro pela primeira vez em mais de dois anos, impulsionado pela “febre da IA” que tem motivado rallies em empresas como a Nvidia e outros pesos pesados da tecnologia.
Apesar das preocupações com o aumento dos custos dos consumidores e a sustentabilidade do crescimento dos gastos face ao crescimento salarial, os analistas preveem que o primeiro trimestre represente o menor aumento do ano nos lucros, antecipando-se um crescimento do lucro para todo o ano de 2024 em 9.8%, segundo dados da LSEG. “A alavancagem operacional deverá impulsionar ainda mais as margens à medida que a procura se recupera”, destacaram os estrategistas da BofA Securities.
