Esforços da OCDE para imposto mínimo global desafiam gestores fiscais

08-08-2024

Os gestores de impostos corporativos têm enfrentado uma turbulência crescente desde que os cortes de impostos liderados por Trump e a Lei de Empregos se tornaram lei em 2017. A questão mais quente do momento é o esforço global liderado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para impor um imposto mínimo de 15% sobre os lucros corporativos e regras mais rígidas para a transferência de lucros entre nações. O objetivo é impedir que as empresas multinacionais escondam seus ganhos em paraísos fiscais offshore.

No entanto, essa foi apenas uma das cinco questões-chave citadas pelos 1.012 gestores de impostos e CFOs que participaram da última pesquisa global de política tributária da Deloitte como tendo o maior impacto atual na política tributária corporativa. E não foi a principal questão, talvez porque os requisitos de relatórios e arquivamento para a medida do Imposto Mínimo Global (GMT) não devem entrar em vigor até pelo menos 2025.

Transparência e Relatórios

As empresas estão operando sob uma pressão crescente de jurisdições ao redor do mundo para serem mais transparentes sobre sua tributação. Mais de dois terços (70%) dos participantes da pesquisa disseram esperar um aumento nos relatórios públicos nos próximos anos, impulsionados em parte pelos novos requisitos de relatórios país a país.

Na verdade, muitos estão procurando relatar mais do que é exigido pelas regras atuais. “Esse relatório mais completo pode ser impulsionado pelo desejo dos respondentes de garantir que seus stakeholders mais amplos compreendam o contexto e as circunstâncias subjacentes aos dados fiscais”, escreveu a Deloitte em seu relatório da pesquisa.

Digitalização do Imposto

Um elemento-chave da digitalização do imposto é o “Tax Administration 3.0”, um modelo proposto pela OCDE para governança de TI. Seu aspecto central é que o imposto não seria calculado pelos contribuintes, mas sim por algoritmos embutidos nos dispositivos digitais dos contribuintes.

Os respondentes da pesquisa disseram esperar que a transição traga um serviço ao cliente melhorado, uma relação mais colaborativa com as autoridades fiscais, menos auditorias fiscais e mais eficientes, e menos tempo e despesas com conformidade fiscal, disse a Deloitte.

No entanto, nenhum desses resultados foi particularmente bem avaliado, acrescentou a Deloitte, e um terço dos respondentes esperava um aumento tanto no custo quanto na complexidade.

Reforma Tributária Internacional

A Deloitte expressou uma leve surpresa pelo fato de a reforma tributária internacional não ter uma classificação mais alta na lista de preocupações dos gestores de impostos. “Em nossa opinião, isso é provavelmente uma questão de timing, com o impacto dos relatórios e arquivamentos não sendo sentido até 2025”, disse o relatório.

Mais de 140 países representando mais de 90% da economia global se comprometeram a implementar o Imposto Mínimo Global — também conhecido como erosão da base e transferência de lucros (BEPS) Pilar 2 — proposto pela OCDE.

O Futuro do Trabalho

Uma série de implicações fiscais estão em jogo no que diz respeito ao trabalho remoto. Três quartos (75%) dos entrevistados identificaram questões fiscais corporativas relacionadas ao estabelecimento permanente (onde uma empresa tem uma presença estável e contínua em uma jurisdição fora de sua base) e preços de transferência como uma das suas três principais preocupações regulatórias para o trabalho remoto internacional.

Clima e Sustentabilidade

Uma grande maioria dos participantes da pesquisa (83%) disse esperar que as iniciativas ESG afetem sua função tributária. A maioria desses (84%) espera o maior impacto dos impostos sobre o consumo de energia, observou a Deloitte, com um terço esperando apenas um impacto menor dos impostos sobre resíduos e poluição.

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Qual é o impacto do esforço global liderado pela OCDE para impor um imposto mínimo de 15% nas empresas?

O esforço global liderado pela OCDE para impor um imposto mínimo de 15% nas empresas visa combater a evasão fiscal e criar condições de concorrência mais equitativas. Espera-se que aumente as receitas fiscais dos países e reduza a transferência de lucros para jurisdições com impostos baixos.

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Pode a OCDE realmente impor um imposto mínimo global de 15%?

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