Impacto da Taxa de Cibersegurança no Crescimento Económico
A introdução da nova taxa de cibersegurança e o acúmulo de impostos federais, estaduais e locais estão a criar obstáculos significativos para as empresas na Nigéria, afetando negativamente a sua capacidade de impulsionar o crescimento económico. O Dr. Muda Yusuf, CEO do Centro para a Promoção da Empresa Privada (CPPE), expressou preocupações sérias em relação a essas medidas fiscais, destacando o impacto negativo que estão a ter na economia do país, incluindo perda de empregos e inflação.
O Dr. Yusuf apelou para uma suspensão da taxa de cibersegurança e para uma discussão aprofundada com todas as partes interessadas. Ele sublinhou que a carga tributária atual já é pesada para as empresas e investidores, tendo em conta os impostos existentes como o imposto sobre educação, IVA (imposto sobre o valor acrescentado), CIT (imposto sobre o rendimento das empresas), imposto de selo, entre outros, sem esquecer novas taxas que ainda estão por vir, como a do NYSC e a de saúde terciária.
Além disso, o CEO do CPPE questionou a estimativa de receitas anuais que poderiam ser geradas pela nova taxa, baseando-se nos valores das transações eletrónicas de 2023. Ele alertou que tal medida poderia ser contraproducente ao incentivo de políticas sem dinheiro físico promovidas pelo Banco Central da Nigéria (CBN) e poderia levar as pessoas a optarem por transações em dinheiro.
No início da semana, o CBN instruiu bancos e outros prestadores de serviços de pagamento a começarem a deduzir 0.5% do valor total das transações eletrónicas, destinando-as ao Fundo Nacional de Cibersegurança sob a gestão do Gabinete do Conselheiro Nacional de Segurança (ONSA). Esta política faz parte da implementação da recentemente aprovada Lei de Cibercrime (Proibição e Prevenção etc.) de 2024. As empresas já enfrentam uma série de impostos e taxas que comprometem seus resultados financeiros e sua capacidade de expansão ou criação de empregos.